Um mês após tragédia, Vale do Aço ainda lida com os impactos de deslizamentos que mataram 11 pessoas

Em Ipatinga, 1.590 pessoas permanecem desalojadas, e 64 ainda estão desabrigadas. De acordo com a Defesa Civil, algumas casas em áreas de risco precisarão ser demolidas por risco estrutural.

Um mês após tragédia, Vale do Aço ainda lida com os impactos de deslizamentos que mataram 11 pessoas
Um mês após tragédia, Vale do Aço ainda lida com os impactos de deslizamentos que mataram 11 pessoas (Foto: Reprodução)

Por Caroline Del Piero, g1 Vales de Minas Gerais

Há um mês, no dia 12 de janeiro deste ano, chuvas intensas causaram deslizamentos de terra e enxurradas no Vale do Aço. O desastre deixou 11 mortos — 10 em Ipatinga e um em Santana do Paraíso. Entre as vítimas, cinco eram da mesma família, que morreu soterrada no bairro Bethânia.

O temporal também causou danos materiais significativos. A lama invadiu casas, comércios e vias públicas, interditando dezenas de ruas. O estádio Ipatingão foi transformado em abrigo para receber desabrigados. A cidade decretou situação de calamidade pública.


Nesta quarta-feira (12), a prefeitura de Ipatinga divulgou um balanço dos trabalhos de limpeza e recuperação. Até o momento, foram recolhidas 18 mil toneladas de entulhos, e 66 vias foram atendidas. Mais de 900 trabalhadores, entre servidores municipais e voluntários, estão envolvidos nas ações.


A Defesa Civil continua vistoriando áreas interditadas para avaliar a segurança do retorno dos moradores. O balanço aponta ainda que 1.590 pessoas permanecem desalojadas, e 64 estão desabrigadas.


O secretário municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Reginaldo Soares, disse que o trabalho de limpeza ainda está longe de terminar. Muitas residências ainda acumulam lama e detritos, e algumas casas precisarão ser demolidas por risco estrutural.

"Temos muito material a ser removido, principalmente dentro das propriedades atingidas", afirmou.

A tragédia mobilizou a comunidade e cidades vizinhas. Doações e voluntários ajudaram a apoiar os afetados, enquanto a prefeitura recebeu auxílio de municípios como Coronel Fabriciano, que enviou máquinas e caminhões para a limpeza.


A prefeitura reforçou também que os trabalhos de limpeza e reconstrução continuarão nos próximos meses, com o objetivo de garantir que os moradores possam retornar às suas casas com segurança.

Fonte: https://g1.globo.com





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